“E qualquer desatenção, faça não
Pode ser a gota d’água” (Chico Buarque)
Esta semana um dos assuntos mais comentados pelas pessoas que sigo no meu Twitter (@menezes1974) foi o vídeo dos atores “globais” dando seus depoimentos a respeito de Belo Monte e divulgando o Movimento Gota D’Água. Dos mais elogiados aos mais reacionários e enfurecidos. Não sabemos se suas reações são contra a ideia do vídeo, contra os opositores de Belo Monte, ou contra os atores “globais” que lhe representam a hipocrisia e ignorância em relação a Belo Monte e ao Xingu.
Dentre esses comentários haviam muitos em relação a um senhor chamado Eduardo Guimarães e seu artigo “Belo Monte de Inúteis“, que lança sobre os tais atores “globais” a sua peçonha. Argumenta a necessidade de se considerar as matrizes enrgéticas disponíveis no Brasil e segundo sua ótica a inviabilidade (econômica) de fontes limpas e ambientalmente sustentáveis, e ainda mais, considerando-as “um delírio”.
O que o senhor Eduardo Guimaães em seu discurso de impropérios lançou o seguinte absurdo: “O que revolta mesmo, porém, é usarem “os índios”. Será que um país deste tamanho não tem condições de oferecer outro local para as populações daquela região?”
Atirou nos “globais” e acertou na população ribeirinha e indígena da região do Xingu, provando o velho preconceito em relção ao Norte, ao caboclo, ao índio… Como se fossem meros objetos decorativos e de menor valor, coloca-nos em um canto qualquer e de preferrência que não atrapalhe nem incomodem os senhores do progresso.
Já ouviram falar de Justo Veríssimo, o emblemático personagem de Chico Anysio? O senhor Eduardo Guimarães fez como este: “Eu quero mais é que pobre se exploda!” Caberia substituir pobre por índios, ou caboclos, ou ribeirinhos, ou negros, ou homossexuais…
Participem do Movimento Gota D’Água, leiam o post de nosso colega Vitor Casadei e saibam mais.