A primeira vez que vi o título desse post foi em uma camiseta. Eu sei que citar camisetas na rua não é muito, digamos, científico. Mas aquela ideia realmente me fez pensar muito. Porque diante dos problemas ambientais e sociais que temos hoje, apenas pensando globalmente poderemos atingir reais mudanças no modo que usamos os recursos naturais ou na injustiça social. No entanto, ao mesmo tempo, entre as quase sete bilhões de pessoas que vivem no mundo hoje não existem duas que são iguais. Todos têm características próprias e, até mesmo, caprichos. Por isso, embora seja importante pensar globalmente, os objetivos e as ações para isso devem ser remoldados para a realidade de cada comunidade – agir localmente. E um interessante exemplo de alguém que está aplicando essa ideia é Vera Cordeiro, uma mulher extraordinária que eu e Sam Lakha (Volans Outreach Manager) tivemos o privilégio de conhecer no final do ano passado.
Vera Cordeiro era médica em um hospital no Rio de Janeiro e cansada das constantes reinternações de crianças resolveu montar uma ONG para não apenas tratar da doença mas da prevenção. Saúde Criança (sua ONG) acredita que a doença não é apenas resultado de questões fisiológicas, mas também de fatores sociais. Eles trabalham no intuito de promover a qualidade de vida de famílias que vivem abaixo da linha da pobreza e que tem crianças internadas em hospitais públicos.
Após quase 20 anos de atuação, a ONG tem unidades de atendimento em quase todo o Brasil e uma em Nova York. Eles ajudam cerca de 3 mil famílias e cerca de 10 mil crianças/adolescentes. E como eles atuam?
Simples: entendendo as necessidades de cada família do programa. Eles podem fornecer reformas na casa, comprar utensílios básicos como cama ou qualquer fator que possa ser o causador da doença.
Talvez era ela que estivesse usando a camiseta.