Provavelmente a ideia não partiu de nenhum gênio. Não foi nenhum dos físicos que descobriram que os neutrinos talvez sejam mais rápidos que a luz e o Usain Bolt juntos, ou nenhum dos neurocirurgiões da equipe do Dr. Miguel Nicolelis que estão conseguindo montar um robô movido a pensamento. Aposto todas as minhas economias e mais três figurinhas do álbum da copa do mundo de 2014 que foi alguém normal. Alguém normal que parou e pensou: ué, se entre os tipos de organização existem o segundo e o terceiro setor, por que não o 2.5?
Essa pessoa vislumbrou que uma empresa poderia ter lucro e ao mesmo tempo conservar o meio ambiente e aumentar a qualidade de vida das pessoas. E que para isso não precisaria ser uma ONG, mas simplesmente um meio termo – uma quase empresa.
Eu digo isso porque não precisamos de grandes gênios para fazer a mudança, mas de pessoas que pensam diferente. De pessoas que gostam de ir por caminhos diferentes, novos horizontes – como disse John Elkington: Unreasonable People, ou empreendedores sociais.
Rafael Morais Chiaravalloti, autor do livro Escolhas Sustentáveis.