A propósito de meu artigo anterior (Fake Plastic Trees), voltei a pensar no tem “plástico” em decorrência de ter assistido um dos episódios do seriado Futurama, intitulado “Garbage Ball” (título original?), no qual o Professor cria um “Cheiroscópio” e Fry sente o “pior cheiro do Universo”. E logo descobrem tratar-se de um imenso corpo celeste que está em rota de colisão com a Terra, sendo composto de lixo que no passado foi lançado ao espaço como forma de se livrarem deste que se acumulava na Terra.
Vale ressaltar, salvo engano, que até 214, ou a partir desta data não serão permitidos o depósito de lixo nos “lixões” ou mesmo a criação de novos depósitos deste tipo. Precisamos nos informar melhor.
Voltando ao Futurama, o problema da “Bola de Lixo” se resolve com participação de toda população comovida com um discurso “mea culpa” proferido por Fry, ao reconhecer a sua parcela de contribuição (e de todos nós) para a eminente catástrofe. Todos colaboram.
Não sou bom em memorizar números, mas bem lembro que já estamos na casa dos milhões de toneladas de lixo (incluindo plásticos principalmente), que são despejados diariamente na natureza. Neste momento pude imaginar aquele robozinho, o mais emotivo e sentimental de todos que já vi, adentrando a cidade e arrumando o lixo que deixamos para trás. São personagens do futuro que já estão nascendo hoje.
Tenho acrescentar ao artigo anterior que parte dos argumentos do engenheiro químico deixam de considerar a capacidade da população mais pobre (e maioria), no que tange sua adaptabilidade às novas exigências socioambientais, e o que é o mais característico e divertido traço nacional, a criatividade. Além de considerar, o que é pior, a população como pobre não apenas economicamente, mas paupérrima no quesito inteligência.
As “ecobags” não oneram vida já tão arrochada da população, pelo menos da maioria. Com um pouco mais de 1 metro de tecido, costureiras (aquelas que todo mundo conhece no bairro) como minha mãe, podem fazer um “ecobag” a preço de custo, personalizadas, customizadas, versáteis, resistentes como qualquer outra “de marca”.
Aqueles argumentos, como muitos outros, mais parecem argumentos que querem nos fazer crer que é o poste que faz xixi no cachorro.