Fim do Mundo

Hoje é quarta-feira, estamos mais uma vez no meio da semana. Mas isso não é tudo: o que pode ser uma repetição também pode ser algo totalmente singular. Hoje é quarta-feira novamente, mas hoje também é dia 19 de dezembro de 2012. Pronto! Já não se trata mais de uma repetição. É uma questão de ponto de vista!

Dia após dia temos atividades a fazer e muitas vezes chamamos nossas ações de “rotina”. Concordo que temos realmente uma rotina diária, um compromisso todos os dias. Mas seriam os dias todos iguais?

Por mais que adotemos uma “rotina”, certamente não há um só dia que seja totalmente igual a outro; assim como não deve haver um só dia que seja totalmente diferente de qualquer outro. Acho que estamos presos em um eixo e, mais instáveis que o próprio planeta Terra, certamente oscilamos muito mais. O eixo existe, nossa essência e capacidade de planejar estão aí. Mas nossos movimentos são ainda muito confusos e com nossa própria liberdade tendemos a nos “perder no tempo”.

Estamos agora há dois dias do “fim do mundo”. O que vamos planejar? Ainda dá tempo? O que temos para fazer? Isso é real?

Fim do mundo: ninguém sabe ao certo o que pode ser isso. Apenas se escolhe uma visão estabelecida e se acredita nela. Mais uma questão de ponto de vista. Não vou entrar nos detalhes dos textos religiosos, calendários primitivos ou outros instrumentos. Vamos falar apenas no aqui-agora. O que temos para hoje?

Hoje o planeta Terra parece estar normal. Acordei e não estou vendo alienígenas e nem discos-voadores. O céu continua azul e as árvores estão em pé. Não estou vendo o sol mais de perto e nem mais de longe. A temperatura parece estar normal. Pássaros continuam cantando e voam pra lá e pra cá. O Meio Ambiente está em sua “rotina”! Acho que também estou…

Não sei o que pode acontecer amanhã, dia 20, nem no próprio dia 21. Na verdade, não sei o que pode acontecer no próximo segundo, próximo instante a este! Eu só sei do momento presente: o aqui-agora.

As ideias sobre o fim do mundo são bastante variadas, e os dias que já foram “programados” para isso também não são poucos. Alguns acreditam em uma grande transformação no Universo, comprometendo o planeta Terra. Outros preferem acreditar em mudanças no sentido comportamental do ser humano, pois aceitam a ideia de evolução espiritual. Qual o seu ponto de vista? Alguma outra opinião?

Independente do que cada um decida acreditar ou desacreditar, o Meio Ambiente em que vivemos é muito grande. Não consigo imaginar o fim de algo que seja infinito no espaço e no tempo. Não acredito que qualquer transformação, ainda que ocorra, leve ao fim de absolutamente tudo que existe.

“Na natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma”. Assim disse Antoine Lavoisier para explicar sua teoria de que não se pode criar ou eliminar nenhum tipo de matéria, mas sim transformá-la mudando a sua forma.

No dia 21 de dezembro de 2012 ou em qualquer outra data, sejam todos novamente bem-vindos ao Meio Ambiente, o mundo em que vivemos!