Atualmente, queremos cada vez mais televisores ou monitores que consumas menos energia, e mais qualidade de imagem, isso me deu a ideia de falar um pouco sobre estas tecnologias.
A antiga tecnologia CRT é o velho televisor ou monitor de tubo. Este tipo de aparelho consome muita energia, pois seu funcionamento envolve basicamente na geração de feixes de energia que reagem com fósforo e gera a imagem. Embora a imagem seja boa, muita energia é desperdiçada pois dentro do tubo podem existir campos de energia de até 50 mil volts nos modelos domésticos, além do desperdício de energia dissipados em forma de calor (um monitor CRT produz calor correspondente a dois seres humanos adultos).
A tecnologia LCD, que chegou ao mercado como inovação já teve seu momento de fama. Na época a tecnologia unia uma imagem nítida, baixo consumo de energia e menor tamanho. A tecnologia surgiu como um grande avanço, a geração de cor era realizada basicamente por lâmpadas fluorescentes, que, embora não fossem as mais eficientes, conseguiam aproveitar cerca de 20% da energia, desperdiçando o resto (como curiosidade, uma lâmpada incandescente consegue converter em luz somente 5% da energia). O desperdício era menor, mas conforme o tamanho da tela aumentava a definição diminuía e par se ter mais definição o custo subia muito.
Então mais recentemente surgiu a tecnologia LED, cujo principal ingrediente que possui o mesmo nome é um componente eletrônico muito conhecido e usado em diversas aplicações, que como um diodo, funciona de maneira a receber energia e barrá-la, neste caso transformá-la em luz. O LED une o útil ao agradável, seu aproveitamento é superior a 30% da energia, com menos energia desperdiçada vem mais economia, a definição também é muito boa, e com a popularização da tecnologia hoje o preço está muito acessível.
Entretanto, nada é perfeito, a tecnologia CRT, além de consumir muita energia, também possuía muitos materiais pesados em sua composição, o que prejudica muito o meio ambiente e dificulta seu descarte; A LCD possui o problema de que em seus componentes existem materiais alcalinos que são extremamente nocivos; A LED é a tecnologia menos ambientalmente negativa no mercado, embora seus componentes ainda possuam materiais que não são benéficos a natureza. A tecnologia Plasma não foi discutida neste post pois além de não gerar boa imagem, o material utilizado na tela para a geração da imagem é extremamente danoso ao meio ambiente e aos seres humanos.
Pois bem, este foi um breve resumo das tecnologias de TV que temos hoje em dia, meu objetivo era diferenciar cada uma delas e poder demonstrar que ainda não temos a tecnologia ideal e que, embora uma ou outra tecnologia seja melhor, nunca teremos algo perfeito, afinal, como um humano imperfeito pode criar algo perfeito?
2 Comments
Nelson Luís Marques
Gostei do tópico e da abordagem do autor, mas queria colocar um outro questionamento: quando trocamos o nosso monitor ou nosso televisor por um de tecnologia mais nova, qual o impacto ambiental provocado? Será que a economia de energia proporcionada pelo uso deste novo aparelho compensará a consumida na produção deste e no descarte do antigo somadas? Não é saudosismo, mas um comportamento conservacionista não poderia ser interessante quando observamos um consumismo exacerbado? A tecnologia entorpece às vezes.
Vitor Casadei
Nelson, seu questionamento é extremamente válido e realmente é algo a se considerar. Mas ainda assim, a troca por um aparelho de menor consumo, ao longo prazo, é vantajosa tanto para o consumidor quanto para a natureza (desde que esta troca seja feita da maneira correta e a destinação do antigo monitor seja a reciclagem).
No Brasil temos já muitos locais que recebem produtos eletrônicos e realizam a reciclagem e o descarte correto das partes que não podem ser recicladas, prevenindo danos ao meio ambiente. Você pode verificar um serviço interessante que postei um tempo atrás no blog que faz a localização de locais para descarte em sua cidade, confira aqui e aqui.
A tecnologia evolui muito rápido e muitos procuram acompanhar seu desenvolvimento da melhor maneira possível, mas é sempre importante lembrar que o descarte irresponsável, ou seja, aquele que ocorre rotineiramente com o único objetivo de obter uma nova tecnologia deve ser repensado. Eu por exemplo, utilizo o mesmo celular desde 2008, ele funciona bem, não é sensível ao toque mas consigo fazer ligações e ter certo entretenimento com ele, e não penso em trocá-lo por um bom tempo ainda.
São questões que devem ser pensadas e então, passadas por uma avaliação, deve ser decidido o que realmente é necessário e quais os impactos da decisão.
Muito Obrigado pelo questionamento.