Um dia eu precisei ligar para a minha mãe e o Walfrido (foto) para a casa dele. No entanto, estávamos no meio do Pantanal onde não tinha sinal de celular e a cerca de 7 horas da cidade mais próxima. Conversando com os peões, eles nos disseram que em uma fazenda perto existia um telefone público e fomos até lá. O “orelhão” pantaneiro era basicamente uma lata de tinta cortada ao meio, presa a um toco de madeira com um celular dentro. O celular era ligado a um fio que estava preso a um outro tronco a cerca de 10 metros de altura. E, embaixo de chuva, eu liguei para minha mãe e o Walfrido para a casa dele. Já dizia a Zilca: No Pantanal quem não tem criatividade morre. E criatividade é essencial para a sustentabilidade.
Os desafios do mundo de hoje devem ser resolvidos com inovação. Novas maneiras de pensarmos antigos problemas devem surgir, assim como, novas respostas. Empresas que não focam apenas na questão econômica, mas sim na questão social e ambiental integradas, são um exemplo. Devemos acreditar que o impossível é possível. Pensar fora da caixa ou “voar fora da asa” [MB]. Não pensar igual, mas ser diferente. Misturar padrões e conceitos e criar novas figuras. Acreditar que no meio do Pantanal, onde a energia elétrica ainda não chegou, é possível um “orelhão”. Como se diz por aí: Por quê não?
—–
Descubra no Diário do Verde o novo Portal do Livro “Escolhas Sustentáveis“
Rafael Morais Chiaravalloti, biólogo e mestre em Desenvolvimento Sustentável.
Livro: “Escolhas Sustentáveis: discutindo biodiversidade, uso da terra, água e aquecimento global” com Cláudio Pádua, Editora Urbana, 2011, 168 p.
Site: Café com Sustentabilidade
e-mail: rafaelmochi@gmail.com e Facebook.
T: +55 17 91149284