“Tendo a Lua, aquela gravidade
aonde o Homem flutua.
Merecia a visita não de militares,
mas de bailarinos ou de você e eu“
(Tendo a Lua, Paralamas do Sucesso)
Esta semana os noticiários avisavam que estava previsto para estes dias a queda de um satélite artificial e que as agências espaciais não sabiam precisar o local da queda deste objeto do tamanho de um micro-ônibus. A noticia nos alerta para um fato importante: sobre nossas cabeças paira um depósito de objetos, restos de equipamentos de foguetes e satélites obsoletos, que circulam na órbita terrestre, um arsenal tecnológico esquecido no breu espacial. E que eventualmente despencam de lá, como dizia Newton, “tudo que sobe…”
Parece comum ao ser humano enterrar (empurrar para debaixo dos panos) todo e qualquer subproduto de seu consumo ou tudo aquilo que se torna um problema. Joga-se pelo caminho o resto, a sobra do que acabou de consumir, antes de chegar ao fim da viagem. Parece que assim, tudo o que já não pode ver já não existe mais.
Depois que o satélite micro-ônibus caiu ocorreu-me um pensamento perturbador. Foram-se os dias de magia e encantamento. Primeiro caiu o Papai Noel, depois o coelhinho da Páscoa, Fada dos Dentes, duendes, Iaras e Botos. A casa caiu!
Caros leitores, vocês conseguem imaginar qual o impacto para uma criança ao descobrir que aquele seu desejo feito para uma estrela cadente pode ter sido em vão? Que não valeu? Porque aquilo que caia era um satélite artificial de alguma agência espacial? E que estamos literalmente cercado de lixo por todos os lados?
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