Uma paisagem verde e azul, como muitas outras que vemos por aí… Deste ângulo não vemos casas ou outras construções; não vemos também estradas ou pessoas nesta foto. Uma imagem simples e natural?
Bem… Há o que se observar entre este verde e o azul?
Poderíamos ter, na verdade, uma paisagem mais natural: com vegetação nativa, como árvores de Mata Atlântica ou algo parecido. Mas não, não se trata de um local totalmente “natural” no sentido de não ter sido mexido pelo homem. Este ambiente, apesar de transmitir uma sensação boa por conter elementos vegetais, traz o verde da plantação de milho, resultado da agricultura: uma atividade humana. E em muitos locais as florestas naturais acabam sendo destruídas para se ter o espaço destinado a essa atividade ou à pastagem.
Quando falamos em preservação ambiental, temos a ideia de manter um ambiente o mais natural possível e isento de intervenções humanas. Isso está certo e é realmente muito importante, sobretudo em áreas específicas onde se deve ter um cuidado maior com relação à preservação: seja porque naquele ambiente há espécies ameaçadas de extinção ou por quaisquer outros motivos onde uma maior interferência possa prejudicar o ambiente natural.
Como muitos costumam dizer, é melhor prevenir do que remediar, certo? Na verdade há instrumentos ambientais para tentar corrigir problemas, mas realmente é melhor prevenir, ou seja, preservar!
Mas a agricultura, como bem comentada no artigo “O Pai da Agricultura Orgânica”, publicado ainda nesta semana pelo nosso amigo Sandro, pode acontecer de maneira mais sustentável e menos nociva ao meio ambiente como um todo! Ou seja: sem uso de elementos químicos prejudiciais aos demais seres que interagem no ambiente em questão.
Mas, além disso, o que mais existe entre o verde e o azul? O que se pode ver entre a terra e o céu?
O milharal e outras plantações, quando bem cuidadas e sem uso de agrotóxicos, servem de moradia para insetos e outros seres que, por mais irônico que possa parecer para o agricultor, ajudam na própria manutenção da plantação. Isso porque os próprios animais, especialmente os insetos, ajudam, por exemplo, na polinização e na consequente fertilização dos vegetais.
Na verdade não há ironia. Usar agrotóxicos para que os insetos não “acabem” com a plantação é uma opção que está caindo por terra, pois pode se tratar de uma forma radical para controlar a plantação.
Vejam, abaixo, um vídeo de um esquilo se alimentando de milho: