Um artigo para pensar.
E se impressionar.
Acredite, por mais que as vezes não pareça, ou pelo menos nem tanto, a Amazônia faz sim, toda a diferença para o Brasil.
É o que prova esta matéria (e a incrível imagem), que remonta à 1971, data de sua publicação pela então Revista Realidade – ano VI, nº 67 – outubro de 1971, pág. 66-67. Uma edição conceituadíssima, histórica e espetacular, que merecidamente ganhou o Prêmio Esso de Jornalismo, do ano de 1972, pelos trabalhos desenvolvidos, quanto à Amazônia – tema desta edição.
Falando abertamente, alguma vez você parou para pensar na questão do título?
VOCÊ JÁ IMAGINOU O BRASIL SEM A AMAZÔNIA!!!?
Se não, então, está na hora de ficar atento. É este o alerta e mensagem que o texto excepcional, manifestado neste post, deseja transmitir.
Leia o artigo. E questione-se.
“Você já imaginou o Brasil sem a Amazônia”?*
Imagem do Brasil-sem-Amazônia. Note que a superfície territorial (área), praticamente sumiu – Cadê o Norte?
Área persistente: ilustrada em cores.
Num mapa da América do Sul, o Brasil-sem-Amazônia é um país de contornos irreconhecíveis. Mas, em termos econômicos, o que representaria a perda da Amazônia para o Brasil? Analisando os índices econômicos atuais da região, chega-se a uma resposta estranha: seria uma perda insignificante. A Amazônia contribui com menos de 4% para a formação da renda total brasileira. Consome e produz só 1% da energia elétrica do país. Sua densidade demográfica é 1,46 habitante por quilômetro quadrado, catorze vezes menor que a do Brasil-sem-Amazônia (dados do censo de 1970). Além disso, a Amazônia tem os maiores índices de mortalidade infantil do país e a maior proporção de analfabetos. Mas é ainda um mundo em potencial, inativo. Tem sentido discutir o seu valor simplesmente analisando os índices econômicos atuais? Como ficaria o Brasil-sem-Amazônia se analisássemos então a potencialidade desse grande mundo verde ainda inativo? A perda seria brutal: o país ficaria sem 5 079 450 km², 59,4% de seu território (dados da Sudam), uma área equivalente a mais da metade da superfície da Lua. Perderia ainda: 79,7% de suas reservas de madeira; 81% das de água doce; metade das jazidas de ferro; 100% das de estanho; 93% das de alumínio; a maior jazida de sal-gema do mundo (estimada em 10 trilhões de toneladas).
*ARTIGO ORIGINAL.