“As boas coisas vem quando estamos distraídos”.
– Provérbio Indiano
Com a forma da alegria, radiante para todos os lados e em um dia de céu azul, compartilho essa foto de uma Sempre-Viva!
Sim, trata-se de uma mensagem de otimismo para todos nós no dia de hoje, quando se comemora o Dia Nacional da Botânica no Brasil.
Essa espécie, encontrada no cerrado, tem também outros nomes, como por exemplo chuveirinho. E o nome popular Sempre-Viva também é utilizado em outras plantas!
Confusa a botânica?
Bem, na verdade nomear as coisas não é tão simples assim. Nomear seres vivos, então, que podem ser parecidos uns com os outros e se modificar com o tempo através do processo de evolução, pode ser ainda mais complicado!
Aristóteles foi o primeiro cientista que tentou classificar os seres vivos, mas foi Carolus Lineu quem criou o sistema de classificação que usamos até hoje: a taxonomia.
A foto que tirei em 02 de julho de 2010, quando a planta “apareceu” de repente (quando estávamos distraídos), nos apresenta uma Actinocephalus polyanthus, nome científico usado para essa espécie pelo qual ela pode ser reconhecida pelo mundo inteiro. Todo nome científico – normalmente em latim – é exclusivo para uma determinada espécie e, por isso, é usado de forma universal pela ciência.
O nome é universal e essa planta parece querer se expandir para todo lado através de sua inflorescência (estrutura contendo outras flores menores).
No dia de hoje convido a todos para que reflitam sobra a importância das plantas e de tudo que na natureza existe – incluindo o que ainda não conhecemos e, por isso, não classificamos. Sim, de vez em quando temos a notícia de uma nova descoberta, quando estamos distraídos!
Vamos direcionar nosso olhar para todos os lados, respeitando toda a diversidade que existe e, ao mesmo tempo, enxergar as semelhanças entre todos que surgem de um mesmo ponto: igual esta inflorescência cujas partes (flores) surgem todas do mesmo centro e se expandem para as mais diversas direções.
2 Comments
Lúcia Pangaio
Boa noite Luiz Felipe da Cunha Chacon!
Obrigada por lembrar-se do dia Nacional da Botânica!
Sou professora de botânica (atualmente desempregada, mas é passageiro…) e trabalho com arqueologia desde 1986 e faço parte do Instituto Brasileiro de Pesquisas Arqueológicas e Curtimos a Página Associação Montanhas do Espinhaço que postou tua mensagem.
Trabalhamos desde 1990 mais intensivamente na Serra do Cabral e daí vc imagina que adoramos essa paisagem com as Eriocauláceas né?
Muito obrigada e um abraço.
Lúcia Pangaio
Instituto Brasileiro de Pesquisas Arqueológicas – IBPA.
Luiz Felipe da Cunha Chacon
Olá, Lúcia! Tudo bem? Primeiramente agradeço pelo contato!
Que legal que você está envolvida com a botânica. Gosto bastante dessa área também!
O IBPA fica no Rio de Janeiro, certo? Você já conhece São Paulo? Quando vier, dê um toque para marcarmos de você conhecer o Parque Jardim da Luz, onde estou trabalhando, e outros lugares com muitas plantas! hehe…
Imagino como deve ser legal a Serra do Cabral! Essa foto eu tirei, na verdade, na Serra da Canastra – em Minhas Gerais.
Um beijo verde e até mais!