Na última semana publiquei aqui no Diário do Verde um post sobre o consumo de energia dos microprocessadores comerciais, como havia prometido, hoje vou falar sobre um assunto um pouco mais delicado, os discos rígidos (HDs).
Atualmente, como em tudo na informática, estamos chegando ao limite do espaço de armazenamento de dados digitais. O armazenamento de dados é realizado, na maioria dos casos, em dispositivos que são em parte eletrônicos, em parte mecânicos e em parte magnéticos.
Podemos dizer que existe uma regra geral com discos rígidos: girar mais rápido, ter melhor desempenho e, consequentemente, usar mais energia.
Por serem mecânicos, os discos rígidos consomem muita energia e não há maneira de diminuir o consumo sem prejudicar o desempenho dos aparelhos. Se comparados a outros componentes do computador, como os processadores, os HDs não consomem tanta energia, mas, qualquer acréscimo é significativo, e, se estamos tentando caminhar para a tão sonhada e falada “sustentabilidade”, temos que nos ater aos mínimos detalhes.
O consumo de energia de um HD varia de acordo com sua velocidade de rotação e seu espaço de armazenamento. São dois fatores importantíssimos, e por causa deles, o consumo pode variar na faixa 5 – 40 watts.
Existem algumas alternativas de HDs “ecologicamente corretos”, que garantem desempenho aliado com economia. Mas não é bem isso a realidade.
Como exemplo, temos o Seagate Barracuda LP, que promete ser rápido e eficiente, mas não é o que realmente ocorre, na verdade, o Barracuda é mais lento, mas usa menos energia também.
A alternativa então é buscar novas tecnologias, como a SSD, que consiste de chips de uma tecnologia flash aprimorada, digamos que seja a prima superdesenvolvida dos pen-drives. O consumo de energia dos discos SSD é extremamente pequeno, podendo ter marcas de 1 a 3 watts em discos comerciais e velocidade superior à dos discos rígidos convencionais, entretanto, o espaço de armazenamento é muito limitado e o preço é bem elevado, tornando assim praticamente inviável o seu uso.
Outras tecnologias em desenvolvimento poderiam ser citadas, como uma promessa da HP da construção de um dispositivo de armazenamento “mais veloz e eficiente que o SSD e com o preço competitivo com os HDs convencionais”, mas ainda não temos informações relevantes quanto a isso.
O que nos resta é aguardar uma nova tecnologia viável e eficiente, pois da maneira como está, os HDs estão com os dias contados.
Vitor Casadei
Bacharelando em Ciência da Computação pela UFSCar
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