“Começar de novo e contar comigo
Vai valer a pena ter amanhecido
Ter me rebelado, ter me debatido
Ter me machucado, ter sobrevivido
Ter virado a mesa, ter me conhecido
Ter virado o barco, ter me socorrido” (“Começar de novo“, Ivan Lins)
As vezes nada acontece durante muito tempo. As vezes muitas coisas ocorrem em pouquíssimo espaço de tempo. Mas somente e, somente se, em dadas circunstância, em certas condições e com a disposição apropriada é que “do nada” o pequeno detalhe faz toda a diferença.
Se não vejamos: uma sonda (mais uma) pousou em marte em busca de sinais da existência de água, descobriram (ou melhor: comprovaram) a existência do tal de bóson de Higgs (a partícula de Deus), no Oriente Médio ainda tem gente se matando. Nos EUA também. Aqui teve a Rio+20 (se alguém notou). Belo Monte segue em construção. Código Florestal aprovado. As Olimpíadas estão aí. A Copa do Mundo será no Brasil. E estivemos “fora do ar” (por motivos de força “quase” maior) por um tempo.
Quando me pus a escrever novamente a imagem daquelas plantinhas que insistem em nascer nos locais mais improváveis cercaram cada palavra neste texto. Insistem. Persistem. Porque há motivos. Porque há condições.
Vejo tudo isso como ciclos, etapas, fases. As vezes necessárias, as vezes inevitáveis. Mas sempre como Drão:
“Quem poderá fazer
Aquele amor morrer
Se o amor é como um grão
Morre, nasce trigo
Vive, morre pão“