“Gosto mais de brincar dentro de casa, porque é onde estão as tomadas elétricas” (Anônimo, pré-adolescente)
Não, não se trata de um problema especificamente ambiental. Até porque o artigo natureza já entrou em déficit há décadas. Já estamos trabalhando no negativo, embora alguns achem bom por panos quentes no assunto. O termo, ou conceito, refere-se a um transtorno que afeta o desenvolvimento psicossocial e desenvolvimento cognitivo das crianças, em particular as que vivem nas grandes cidades. Embora ainda não seja aceito pelas cátedras científicas e organizações mundias de saúde, tal fenômeno que mais possui as características de uma síndrome, foi bem descrita no livro”Last Child in the Woods“ (somente em inglês), título traduzido aproximadamente com “A Última Criança nos Campos”.
O autor Richard Louv descreve o resultado de uma longa pesquisa a partir de entrevistas por todo os EUA e afirma que quanto menos contato a criança possui com a natureza tanto mais ela apresentara uma variedade de sintomas que vão desde a obesidade (característica mais perceptível) à dificuldades de concentração, baixa tolerância a frustração, dificuldades de aprendizagem, e problemas de auto-estima.
Inconscientemente a amiguinha do Pedrinho, a que me referi no artigo “Um dia. Um Adeus”, estava a nos alertar. Longe da natureza talvez estejamos perdendo nossa própria natureza de ser humano: aprender a Ser e Com-viver.
Para saber mais:
http://educacaoinfantil.pro.br/transtorno-de-deficit-de-natureza.html
http://meuambiente.blog.com/?p=65
http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/1,,EDG76309-6048,00.html