A empresa de suporte a extrações de ordem petrolífera, a Chevron, foi multada nesta segunda-feira em 50 milhões de reais, que é o teto máximo para crimes deste tipo.
A multa foi devida a um grande vazamento que ocorreu na região do Rio de Janeiro, no Campo de Frade, na Bacia de Campos, em uma estação de extração de petróleo operada pela empresa. O total estimado do vazamento é de cerca de 382 mil litros do recurso, o que certamente afetará a vida de muitos seres marinhos, como por exemplo golfinhos e baleias que utilizam a região como rota migratória nesta época.
Embora a multa tenha sido aplicada, muitas outras medidas deveriam ser tomadas pelas diversas fissuras encontradas que causaram o vazamento. Uma curiosidade é que a empresa também estava envolvida nas operações do Golfo do México que liberou mais de 780 milhões de litros de petróleo.
Além do fato do vazamento, diversas outras denúncias de irregularidades nas operações da empresa estão sendo apuradas, o que pode deixar ainda mais grave a situação da empresa.
Acredito que uma empresa que lida com qualquer tipo de recurso ou qualquer outra atividade que possa ser perigosa ao meio-ambiente – assim como é o caso das empresas que lidam com materiais perigosos – deve ter um processo de verificação constante, o que provavelmente não aconteceu no caso da Bacia de Campos.
Antes de multar, portanto, os órgãos responsáveis deveriam cobrar para que as medidas preventivas sejam tomadas e toda a tecnologia disponível para a contenção de vazamentos, como neste caso, estejam disponíveis (o que não aconteceu).
E mais uma curiosidade: esta mesma empresa poderá operar no processo de extração de petróleo do nosso Pré-Sal. Se um vazamento ocorrer neste caso, as proporções serão muito maiores e o desastre, também.
Vitor Casadei
Bacharelando em Ciência da Computação pela UFSCar
E-mail: vitor.casadei@gmail.com
Facebook: http://www.facebook.com/vitor.casadei
Twitter: http://www.twitter.com/vCasadei