O local onde os alimentos são armazenados dentro de casa e nos supermercados, gasta uma enorme quantidade de energia para mantê-los conservados, seja refrigerados ou congelados. O segmento das refeições prontas representa a maior porcentagem (40%) dos alimentos congelados em geral (HACKETT, CHOW, 2005).
Os supermercados são um dos edifícios comerciais que mais consomem energia. Uma quantidade significativa de energia é usada para manter os alimentos refrigerados e congelados. Supermercados típicos com aproximadamente 3700 – 5600m2 de área de venda consomem na ordem de 2 – 3 milhões de kWh por ano para o uso total de energia no armazenamento. Um dos maiores uso de energia nos supermercados é a refrigeração, produtos perecíveis devem ser mantidos refrigerados durante a exibição e armazenamento. O consumo típico de energia para a refrigeração no supermercado é da ordem da metade do total da loja (BAXTER, 2003).
No entanto, pouco tem sido escrito sobre o uso e desperdício de energia em casa. Sendo assim, ainda há ambiguidades ao estimar o quanto de energia está ligado ao armazenamento e preparação de alimentos em casa (MINN, 2009).
Não só a indústria, mas também o consumidor, devem se comprometer com estratégias para evitar o desperdício. O Estado também é um componente fundamental na construção de uma estratégia nacional de abastecimento, seja na regulação dos mercados de produtos agropecuários e agroextrativistas, seja na garantia do acesso a alimentos de qualidade e em quantidade suficiente. É um equívoco subtrair do poder público o papel regulador da produção, processamento, distribuição e consumo de alimentos, no vago entendimento de que os mecanismos de mercado, por si só, equacionam a questão do abastecimento, especialmente, em um país de dimensões continentais e com profundas desigualdades econômicas e sociais como o Brasil (CONSEA, 2005).
De toda forma, até mesmo nesta etapa do sistema alimentar, o consumidor pode contribuir na sua própria casa.