“Sou caipira, sede urbana dos matos
Um caipora que nasceu na cidade
Um curupira de gravata e sapatos
Sem nome e sem dinheiro
Sou mais um brasileiro
Olhando Belém enquanto uma canoa desce um rio
E o curumim assiste da canoa um boing riscando o vazio
Eu posso acreditar que ainda da pra gente viver numa boa
Os rios da minha aldeia são maiores do que os de Fernando Pessoa
(e o sol da manhã rasga o céu da Amazônia )” (Olhando Belém, Nilson Chaves)
O Pará é um Estado cuja área territorial corresponde a algo em torno de 1.247.689,515 km², e representa o segundo maior Estado do país em superfície, ocupando aproximadamente 16% do território nacional. No artigo Divisão do Pará ameaça Unidades de Conservação, faço menção a possibilidade de divisão do Pará em mais dois Estados (Carajás e Tapajós) e a possibilidade deste fato ameaçar a integridade das Unidades de Conservação (UCs) já existentes no Estado. Ressaltando que ainda há processos de criação de novas UCs, em fase de consulta pública, que discutirá a criação de mais oito (08) novas unidades, quais sejam:
- Floresta Nacional/Estadual de Trairão, nos municípios de Itaituba, Rurópolis e Trairão;
- Floresta Nacional/Estadual do Amaná, nos municípios de Itaituba e Jacareacanga;
- Área de Proteção Ambiental Tapajós, nos municípios da Itaituba, Jacareaganga, Novo Progresso e Trairão;
- Floresta Nacional/Estadual do Crepori, no município de Jacareacanga;
- Floresta Nacional/Estadual do Jamanxim, nos minicípios de Itaituba e Novo Progresso;
- Parque Nacional/Estadual do Jamanxim, nos municípios de Itaituba e Trairão;
- Floresta Estadual do Iriri, no município de Altamira;
- Parque Nacional/Estadual do Rio Novo, nos municípios de Itaituba e Novo Progresso.
Além de discutir a ampliação do Parque Nacional da Amazônia, tal discussão engloba uma área de 7.369.575 hectares, num total superior ao estado da Bahia (!).
Quanto as áreas de proteção, são estas:
► Área de Proteção Ambiental
► UF: PA
► Nome da Unidade (Total: 10)
- ÁREA DE PROTEÇÃO AMBIENTAL DA ILHA DO COMBU
- ÁREA DE PROTEÇÃO AMBIENTAL DA REGIÃO METROLPOLITANA DE BELÉM
- ÁREA DE PROTEÇÃO AMBIENTAL DE ALGODOAL-MAIANDEUA
- ÁREA DE PROTEÇÃO AMBIENTAL DE SÃO GERALDO DO ARAGUAIA
- ÁREA DE PROTEÇÃO AMBIENTAL DO ARQUIPÉLAGO DO MARAJÓ
- ÁREA DE PROTEÇÃO AMBIENTAL DO IGARAPÉ GELADO
- ÁREA DE PROTEÇÃO AMBIENTAL DO LAGO DE TUCURUI
- ÁREA DE PROTEÇÃO AMBIENTAL DO TAPAJÓS
- ÁREA DE PROTEÇÃO AMBIENTAL PAYTUNA
- ÁREA DE PROTEÇÃO AMBIENTAL TRIUNFO DO XINGU
O plebiscito que poderá reconfigurar os limites do Pará implicará em mudanças socioeconômicas, ambientais, políticas e legislativas, as quais incidirão sobre as práticas de conservação e conquistas socioambientais de longos anos de luta. Como se não bastasse o imbróglio das discussões do Código Florestal, redesenhar (desenhar novamente) os perfis do Pará incorrerá, em uma metáfora, no uso daquelas borrachas que se dizem apagar o traço da caneta, mas que rasgará o papel (de conquistas prescritas em lei) e no lugar do lápis a eficiente e moderna motosserra.
Fontes:
► Ministério do Meio Ambiente (MMA) – (Link)
► Ecologia: Pará ganha mais nove unidades de conservação ambiental – (Link)