Antigamente eu possuía um Notebook que era muito bom, mas uma coisa me incomodava: eu tinha somente 2 horas de autonomia com ele, ou seja, a bateria dele durava em média 2 horas somente, após este tempo, eu deveria carregá-lo, e, quanto mais se carrega uma bateria de notebook, mais rápido esta se deteriora e o tempo de vida útil diminui.
Pois bem, há pouco tempo adquiri um novo notebook, neste a bateria chega a durar pouco mais de 8 horas no plano de energia mais básico, mas mesmo assim sinto que me falta tempo de bateria para que eu possa trabalhar, estudar e ter lazer com minha máquina.
Isso é natural do ser humano, sempre querer mais daquilo que lhe é bom, que lhe faz bem ou que lhe é útil. E, fazendo algumas pesquisas, descobri que o conceito da bateria foi descoberto em 1800 por um professor italiano que produziu uma pilha de plaquinhas de cobre e zinco intercaladas com papelão embebido em ácido, o que permitia o armazenamento de corrente contínua.
Um fato muito interessante é que hoje utilizamos o mesmo conceito em nossas baterias! Com materiais diferentes, mas o conceito é o mesmo.
Claramente existem outras tecnologias, que proporcionam mais carga e menos tempo carregando, utilizando processos químicos e físicos para aumentar a densidade de potência das baterias. Mas estas outras baterias não são produzidas por diversos motivos, posso citar por exemplo a escassez de recursos na natureza ou a inexistência deles, ou seja, os materiais usados são encontrados muito raramente na natureza ou então são sintéticos e necessitam ser fabricados, o que torna inviável a produção das baterias pelo custo.
Outro fator é o impacto ambiental que estas baterias podem causar: hoje temos bons processos de reciclagem das baterias convencionais, mas algumas destas novas baterias podem causar sérios danos ambientais ou ainda não teriam como ser descartadas.
Estes e outros problemas fazem com que nossa bateria seja curta, mesmo com todo o investimento em pesquisa na área (que supera 75 bilhões de dólares por ano), não tenhamos um avanço significativo e que agrade a todos aqueles que, como eu, precisam de mais do que 24 horas para ficarem conectados em seus laptops, smartphones ou tablets.
Vitor Casadei
Bacharelando em Ciência da Computação pela UFSCar
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2 Comments
Leo
Muito esclarecedor o artigo, Parabéns! Vou continuar com minha bateria convencional, pelo menos assim não vou prejudicar tanto o meio ambiente.
Vitor Casadei
Obrigado, de fato não acho apropriado o descarte da bateria, mas dependendo da bateria, pode ser de tecnologia inferior e acabar poluindo mais pois precisa ficar mais tempo carregando e suporta menos tempo de carga.