Em meio as minhas rotineiras pesquisas sobre o meio ambiente, descobri um artigo excelente assinado por Washington Novaes, que repasso a todos vocês no dia de hoje, que discute com louvor a questão da sustentabilidade, de um jeito completo, e ao mesmo tempo, de fácil interpretação. Ele relata, de uma forma convicta, sua indignação quanto a falta de atitude, responsabilidade e seriedade, em especial por parte das pessoas e do governo em nosso país. O tema é crítico, e merece ser analisado com olhos críticos. Todos, ao menos de boca, querem a mudança “sustentável”, mas ao mesmo tempo, não querem dar o braço a torcer. Já basta de teoria, está mais do que na hora de existir “a prática”. Boa Leitura:
“Todos se sentem no direito de falar em desenvolvimento sustentável, simultaneamente com práticas que nada têm que ver com ele. (…) Não há mais tempo a perder, diante da gravidade da situação ambiental (urbana e rural) no país e no mundo. (…)
[Espera-se que o Brasil seja] capaz de construir consensos e pactos para ampliar rapidamente sua sustentabilidade ambiental, social, econômica e política. Caberá à sociedade, nas discussões que virão, escolher os caminhos – e as renúncias – para esses pactos.
E caberá a todos os atores, juntos, viabilizá-los.
A sustentabilidade será produto da sociedade toda ou não acontecerá. Ela terá de começar decidindo como o país se situará no processo de globalização, na chamada era do conhecimento. Que ciência e tecnologia pretende viabilizar como condição para essa inserção. Que estratégias de governabilidade adotará.
Em cada uma das regiões e biomas brasileiros, terá de fazer opções, superar conflitos entre conservação e uso sustentável (com base inclusive em biotecnologias) na Amazônia, por exemplo, a exploração predatória de recursos. Cabe agora à sociedade participar e decidir, em nome de um futuro sustentável.”
Por Washington Novaes (jornalista brasileiro, especialista em temas relativos ao meio ambiente e colunista de vários jornais, além de consultor de jornalismo da TV Cultura).