“A velha ponte – No pó ajuntado entre as tábuas, brota o capim.”
– Paulo Franchetti
Quem nunca esteve andando por aí e encontrou, no canto de uma caçada, aquele “matinho” tentando crescer? E em cima daquele muro? E no telhado daquela casa que nunca ninguém costuma subir? É, eu já vi também… Já vi até na fiação da rede elétrica!
Ninguém sobe no telhado e talvez ninguém se importe muito com essas plantas que crescem “sozinhas”, mas há algum motivo para estarem lá! Isso é certo.
Alguns podem se incomodar com isso; outros enxergam alguma beleza.
Há pouco mais de três semanas me deparei com a ponte desta publicação. Tirei a foto e nela enxergamos primeiramente a ponte, é claro! Isso porque a ponte é o objeto da foto. Se buscarmos algo além, provavelmente focaremos a atenção no ambiente que está do outro lado da ponte depois de atravessá-la. Mas isso antes de falar das plantas e capins que brotam, como diz a frase do autor Paulo Franchetti.
Depois de falar desses crescimentos espontâneos, naturalmente passamos a reparar nesses detalhes. Passamos a reparar no além do essencial e que nem por isso é menos importante.
Vemos, na imagem, a vegetação presente nos dois lados e também entre as duas tábuas principais da ponte.
Mas, como é que essas plantas vão parar nesses lugares?
A resposta é simples: muitas espécies são facilmente dispersadas pelo vento. As sementes voam até serem depositadas nesses locais e, se a espécie não é muito “exigente”, brota facilmente mesmo sem tantas condições.
Como sabemos, as aves também possuem uma grande contribuição para a dispersão das sementes, que são ingeridas durante a alimentação e depois liberadas para germinação.