É um tanto impossível não ficar sabendo dos principais acontecimentos que ocorrem em nosso planeta. Nos dias de hoje, com a globalização, as informações são disseminadas com grande rapidez e eficiência.
Na última segunda-feira nosso amigo Rafael Morais Chiaravalloti comentou, dentre outros assuntos em seu texto intitulado “Por favor, não culpem o “azar” pelas tragédias!”, o acidente ocorrido em Santa Maria, Rio Grande do Sul, onde muitas pessoas foram mortas em um incêndio.
Dentre as várias causas da tragédia, destaca-se o fato de o teto da boate ser revestido por isopor. O isopor não foi, verdadeiramente, a causa do incêndio – mas com certeza foi um dos principais elementos que contribuiu para o problema da intoxicação.
O teto do ambiente foi revestido com isopor, segundo relatos, para manter a acústica da boate. Sim, realmente este material pode servir como isolante acústico por um preço mais barato. Contudo, quando falamos em isopor, não temos uma boa impressão para com o Meio Ambiente. Você sabe o porquê?
Hoje em dia sabemos que o desenvolvimento deve ser ecologicamente correto, economicamente viável e socialmente justo. Eis o tripé da Sustentabilidade! O Meio Ambiente, a economia e o aspecto humano/social devem estar interligados e em harmonia para que haja um Desenvolvimento Sustentável sem que as futuras gerações sejam comprometidas de maneira negativa.
O isopor, apesar do preço bom (economicamente viável), não é considerado um elemento favorável ao Meio Ambiente porque na sua produção são utilizados alguns elementos químicos que aumentam o buraco da camada de ozônio e, conforme notícia publicada pelo Ministério do Meio Ambiente em julho do ano passado, o processo de reciclagem deste elemento não é economicamente viável.
Outro aspecto a ser considerado é o fato de o isopor ser fabricado à partir do petróleo e, até por isso, é altamente inflamável, ou seja: pega fogo com facilidade, como ocorrido na boate em Santa Maria.
De acordo com uma pesquisa realizada em 2011 pela Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo – SMA e o Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo – SindusCon junto às construtoras, o isopor se encontra em terceiro lugar na classificação dos elementos de difícil gerenciamento.
Referências:
Cadernos de Educação Ambiental da Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo:
– Ecocidadão
– Resíduos da Construção Civil e o Estado de São Paulo
– Como e porquê separar o lixo?
Imagem do artigo:
– http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/7/7c/Styropian.JPG