Às vezes é melhor ser forte e avançar; outras vezes o importante é ficar atento e recuar; outras vezes “não existir” é o caminho para se salvar!
Na interação com o ambiente em que vive, cada espécie age de uma maneira especial – e todos agem pela maneira como podem. A facilidade de um pode não existir para outro que, por sua vez, há de ter uma estratégia diferente para continuar.
Apesar da individualidade de cada um, todos estão de alguma forma interagindo profundamente com o meio em que vivem e, diante desse envolvimento com os outros seres do planeta, mudanças significativas acontecem aos poucos durante a evolução. São alterações necessárias.
Estamos falando de adaptações ecológicas! Ou seja: a capacidade que os seres vivos têm de se modificar para melhor sobreviver com os outros, ainda que tais mudanças sejam apenas comportamentais. E, já que o objetivo de todos é sobreviver, isso ocorre à favor da própria espécie que passa pelas indispensáveis mudanças. Sim, todos estão em busca da vida, ainda que seja necessário mudar a si próprio!
Faço uso da imagem de uma borboleta para falar de transformações, pois se trata, para muitos povos, de um inseto símbolo desse feito e há também muitos mitos relacionados. Uma borboleta é um inseto pertencente à ordem dos Coleópteros e, como todo inseto, possui algumas características em comum, como por exemplo os três pares de patas e as duas antenas. Mas uma borboleta nasce de um ovo, passa pelo estágio de larva e vive durante um tempo em fase da lagarta. Depois desse período, avança para a posição de pupa (casulo) e transforma-se, já adulta, nesse inseto que conhecemos por borboleta. Aí ganha liberdade para voar!
Mas, se suas asas podem proporcionar essa liberdade, certo é que novos desafios lhe aguardam.
A camuflagem é apenas uma das estratégias presentes na natureza, que permite ao ser vivo se confundir com o próprio ambiente, e não deixa de ser um tipo de adaptação.
Foi muito bom para essa borboleta, com certeza, encontrar essas folhas secas no chão – sobretudo se próximo desse mesmo ambiente existem animais como pássaros e outros predadores. Mas também foi muito bom para mim ter a sorte de encontrá-la e não apenas registrar o ocorrido, mas também poder apresentá-la a todos os leitores do Diário do Verde.