O processamento de alimentos requer energia e uso da água para limpeza, seleção, cozimento, refrigeração, acondicionamento e descarte de resíduos. Este setor representa em torno de 16% de energia utilizada no sistema alimentar (PIMENTEL, 2008). O uso casa vez maior de alimentos processados é impulsionado por mudanças demográficas, estilo de vida e mudanças relacionadas aos padrões de consumo das famílias. As pessoas trabalham mais horas e têm menos tempo para preparar suas refeições. É estimado que somente as embalagens representem 7% do consumo de energia no sistema alimentar e constituem a maior parte dos resíduos sólidos urbanos, cerca de 31% (PIMENTEL, 2008).
O processamento de alimentos pode ocorrer na área de cultivo para operações mais simples, mas normalmente os alimentos passam por um ou vários estágios de processamento industriais localizadas, muitas vezes, em locais distantes aos de origem. O processamento inclui desde a lavagem e acondicionamento de produtos hortícolas; congelamento de conservas, alimentos e desidratação; abate de gado, e outros tipos de processamento mais complexo. Também inclui a produção de embalagens utilizadas para acondicionamento e armazenamento dos produtos. O processamento pode responder entre 10-20% do impacto de um produto alimentar do ciclo de vida do GEE, especialmente para as refeições pré-embalados ou outros alimentos processadas. A maior parte desse impacto vem da necessidade térmica e elétrica dos equipamentos de processamento (EDWARDS, 2009).
Em relação às embalagens, plástico e alumínio são as embalagens que utilizam maior quantidade de energia na produção, comparadas ao papel e vidros (EDWARDS, 2009). O alumínio é um dos metais mais caros e poluentes para produzir, por outro lado, o alumínio é um dos materiais mais recicláveis (MAKOWER, 1991).
Como o alumínio, o vidro é 100% reciclável e representa cerca de 10% do lixo doméstico, além de ser um dos materiais mais fáceis para reciclar e pode ser feito com menos energia e recurso do que o necessário, o vidro pode ser reutilizado um número infinito de vezes. Em relação ao papel, a produção de uma tonelada a partir de resíduos de papel descartado requer 64% menos energia, a necessidade de água e 58% menos água. Poupando ainda 17 árvores, reduz resíduos sólidos para os aterros, e gera cinco vezes mais emprego em comparação à produção de uma tonelada de papel de madeira virgem (MAKOWER, 1991).
A reciclagem dos plásticos é viável do ponto de vista econômico e da preservação do meio ambiente, os plásticos mais utilizados no mundo são o PVC, o polietileno e o PET. A reciclagem pode ser empregada desde que se faça uma coleta seletiva do lixo, separando e identificando os diferentes materiais plásticos descartados.
Todos os materiais de embalagens impactam o meio ambiente. O impacto ambiental de fabricação, uso e descarte de embalagens incluem formação de gases de efeito estufa (e.g. CO2), liberação de toxinas (e.g. monômero de cloreto de vinil) e cicatrizes no cenário (e.g. poços de mineração) (RAGSDALE, 2005).
Apesar do impacto das embalagens, elas tem sua importância e função: protege os alimentos durante o transporte, conserva e evita deterioração, permite uma distribuição mais eficiente, reduzindo o desperdício de alimentos para o consumidor (RAGSDALE, 2005). Para minimizar o impacto das embalagens é necessário, que elas sejam reutilizáveis, biodegradáveis ou recicláveis e que haja utilização eficiente de práticas de energia em instalações de processamento (EDWARDS, 2009).