“És o mais bonito dos planetas
Tão te maltratando por dinheiro
Tu que és a nave nossa irmã
Canta, leva tua vida em harmonia
E nos alimenta com teus frutos” (O Sal da Terra, Beto Guedes)
Essa história começa em Pusa (Índia). Foi exatamente em 1905, que Sir. Albert Howard começou trabalhar na estação experimental de Pusa, próximo a Nova Deli, onde passou a observar que camponeses hindus não utilizavam em suas lavouras fertilizantes químicos, e sim empregavam outras técnicas para reciclar materiais orgânicos. Percebeu também que os animais destas lavouras não apresentavam enfermidades em comparação aos animais da estação experimental que utilizava diversos métodos de controle sanitário.
Baseado nestas observações decide montar em uma área de 30 hectares, um experimento sob orientação dos camponeses nativos e, em 1919, passou a afirmar que sabia cultivar lavouras sem utilização de produtos químicos. E entre 1924 e 1931, criou o chamado Processo Indore de Compostagem, no qual os resíduos da fazenda eram transformados em húmus e aplicado no solo em época propícia, restaurando a fertilidade do local por meio de processos biológicos naturais.
A partir daí publicou suas experiencias, sendo as duas mais importantes referências de modelo orgânico segundo Robert Rodale: “Manufatura do Húmus pelo Processo Indore“ (1935) e “An Agriculture Testamente” (Um Testamento Agrícola) de 1940. As obras ressaltam a importância da utilização de matéria orgânica nos processos produtivos, ressaltando que o solo não deve ser considerado apenas como um conjunto de substâncias (minerais), mas que nele ocorrem uma série de processos vivos e dinâmicos essenciais à saúde das plantas.
Contudo suas idéias não foram bem aceitas naquela época pela comunidade agrícola e acadêmica. Seus colegas consideraram a obra um desastre e outros eram contra as suas ideias. Mas uma minoria liderada por Irving Rodale (pai de Robert Rodale) defendeu suas idéias nos EUA, motivado pela convicção de que os orgânicos seriam mais benéficos à saúde. E é a partir destas publicações que Rodale passa a chamar Sir. Hoawrd como “o pai da agricultura orgânica“.
Senão vejamos 10 motivos para consumir produtos orgânicos:
- Evita problemas de ingestão de substâncias tóxicas;
- Produtos orgânicos preservam mais o seu valor nutritivo;
- Preservam mais a intensidade do sabor e aroma;
- Protegem as gerações futuras (conforme item 1);
- Evitam erosão do solo (manutenção do solo fértil ano após ano);
- Protege a qualidade da água (contaminação do lençol freático);
- Restaura a biodiversidade respeitando o equilíbrio e preservando o ecossistema;
- Estimula a agricultura familiar gerando emprego e renda para pequenos grupos familiares ou comunidades;
- Economia de energia;
- Os produtos orgânicos são certificados (qualidade e procedência).
Quem Certifica?
One Comment
Pingback: Entre o verde e o azul | Diário do Verde