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Rafael Morais Chiaravalloti

Doutorando pela University College London, é Mestre em Desenvolvimento Sustentável (ESCAS) e graduado em Biologia (UFMS). Entre 2006 e 2009 estagiou na Embrapa Pantanal, desenvolvendo projetos para a conciliação da expansão da agricultura e da conservação da biodiversidade. Trabalhou como parceiro e fez estágio em instituições nacionais como VIVO e Natura, e internacionais como a VOLANS e SustainAbility. Tem publicado textos jornalísticos no intuito de tornar o conhecimento científico mais acessível. É colaborador de revistas como ((o))Eco Amazônia, Revista Sustentabilidade e Ideia Sustentável. Autor do livro “Escolhas Sustentáveis: discutindo biodiversidade, uso da terra, água e aquecimento global”, junto com Cláudio Pádua.

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3 Comments

  1. 1
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    Emmanuel Almada

    Sobre Mamilos e Hidrelétricas,

    Hidrelétricas são de fato um assunto extremamente complicado, mas a polêmica em torno de sua construção tem efeitos bem mais catastróficos que qualquer celeuma em torno de mamilos. Uma primeira correção importante é que as hidrelétricas são sim uma fonte importante de emissões de carbono (vejam por exemplo, um estudo de PHILIP FEARNSIDE em http://philip.inpa.gov.br/publ_livres/mss%20and%20in%20press/springboard-port-inpa.pdf).
    Além disso, penso que, como todos os grandes projetos de “desenvolvimento”, as usinas hidrelétricas representam o conflitos entre formas alternativas de apropriação do território por diferentes grupos sociais. O problema de Belo Monte não é puramente de ordem técnica e sim política. Belo Monte é um projeto dos anos 80 ressuscitado pela onda desenvolvimentismo deste inicio de século. O que está em jogo em torno da matriz energética adotada pelo Brasil é o projeto de sociedade hegemônico, pautado na concentração de recursos e silenciamento das alternativas a própria idéia de desenvolvimento.
    As perguntas realmente importantes são: Quem se beneficiará de Belo Monte? Quem sairá perdendo (além da inquestionável dizimação da biodiversidade local)?
    Creio que a busca da sustentabilidade socioambiental do país tenha que ir além (e muito além)do debate da viabilidade técnica dos grandes projetos. Até porque a inviabilidade técnica demonstrada nos laudos não tem sido suficiente para barrar a sanha dos projetos políticos dos grupos econômicos que detém o poder político no Brasil.

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    1. 1.1
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      Antonio Gabriel Cerqueira Gonçalves

      Emmanuel, muito interessante suas considerações, grato por partilhar aqui no blog. Usinas Hidrelétricas, no caso do Brasil, são interessantes, pois há grande oferta de água e o custo é baixo. Impactos ambientais, existem, mas são menores em comparação a outras fontes de energia, como a Nuclear e a Termoelétrica.
      Sobre a política, que deveria ser um meio para auxiliar o povo, infelizmente, demonstra-se totalmente o contrário: faz-se um verdadeiro entrave para o desenvolvimento sustentável do nosso país. Belo Monte é um grosseiro exemplo disso: um ato incompetente e desnecessário. Código Florestal… e por aí vai.

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  2. 2
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    Rafael Morais Chiaravalloti

    Olá Emamanuel!
    Primeiramente muito legal seu comentário, já corrigi sobre a emissão de CO2. Para minimizar essa emissão, muitas usinas, antes do inicio de suas atividades, desmatam toda a área que será inundada. Com isso o problema da emissão fica menor, embora não cesse.
    Outro ponto importante que vc citou foram as questões políticas, com certeza, elas ditam a maioria das ações.
    Mas como sociedade civil organizada, temos o dever de lutar.

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